Posted by : Centro Espírita Grupo Fraternidade e Luz sábado, 11 de janeiro de 2014



Por que ter Filhos? 


Educar exige esforço. Quem o diga os pais e em especial as mães que de um modo
geral ficam mais horas com a criança. É uma tarefa árdua com certeza.

Há dias em que a irritação atinge o auge. São aqueles em que as crianças parecem
ter acordado com o fiel compromisso de nos atormentar.

É em momento assim que se pode explodir com a frase. Ai, meu Deus, porque eu fui
ter filho?

A frase cai como uma bomba sobre um pequeno traquinas, esperto e disposto a todas
as brincadeiras.


Ao ouvir isso ele pode se sentir rejeitado, sem lugar no mundo responsável por uma
situação que, em verdade, não criou.

É todo um conjunto de circunstâncias que nos leva a desabafar desta forma.

É a preocupação com os afazeres domésticos, os compromissos profissionais em que
somos cobrados pela produtividade e desempenho.

É o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas. E, para completar, um dia de
chuva após o outro e as crianças gritando tirando tudo do lugar, correndo pelos
quatro cantos da casa sem parar.

O desabafo tem outras maneiras de ser expressado e outros momentos também.

Quando chegam as mensalidades da escola, quando nos damos conta que há
necessidade de comprar novos agasalhos, calçados, um livro novo.

De todo modo, para os filhos que ouvem, o sentimento que é passado é o de
rejeição. Eles são uns estorvo na vida dos pais. Um peso. Melhor que não 
tivessem nascidos.

Como o fato não é isolado e único, eles ouvirão mais de uma vez essa ou aquela
frase afirmando o mesmo.

E crescerão crianças tristonhas, sentindo-se demais em todo os lugares. Terão
possibilidades de se tornar adultos ensimesmados, retraídos com medo de se
achegar às pessoas por se considerarem não amados.

Em suas amizades, poderão enfrentar dificuldades, acreditando-se a mais em
qualquer circunstância.

A palavra tem força criadora.

Com ela podemos produzir a ventura ou a infelicidade. Podemos construir o bom
e o belo, ou a maldade.

Pensemos nisso no contato com nossos filhos. Reflitamos antes de nos expressarmos
e não nos permitamos inconsequências em nossas palavras.

As crianças devem ser educadas, receber disciplina. Para tal bastam as expressões
da coerência a explicação do bom senso a paciência das horas.

Recordemos que até hoje as palavras do Cristo nos são repetidas diariamente,

através das mensagens dos imortais das páginas dos Evangelhos, dos exemplos
edificantes. E ainda assim, permanecemos refratário, pouco ou quase nada
assimilando.

E Deus, nosso Pai que nos criou para a alta destinação da perfeição nunca nos
diz que somos um estorvo na criação, por mais que erramos, por mais rebeldes
que sejamos diante do Seu amor.

Tudo porque a mensagem da educação é de amor e de renúncia, que sabe
esperar no tempo e melhoria do ser amado.

A palavra nos conduz aos mais diversos estados d'alma.

Pela palavra podemos iluminar caminhos em sombra, traçar veredas de segurança,
acalentar quem se aninha em corpos minúsculos à busca de carinho e educação.

Pela palavra podemos criar estados de otimismo e lições de amor.

Por utilizar a palavra com sabedoria, o Senhor Jesus foi denominado o verbo Divino.
Suas expressões comoveram a Terra e ensejam até hoje a elaboração de um sem
números de obras que convidam a criatura ao amor.


Texto do Livro - Sol de Esperança - Divaldo Pereira Franco/Diversos Espíritos

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